Domingo, 28 de Abril de 2024

Gaeco revela que ex-secretário de MT usou dinheiro desviado para comprar fazenda




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O ex-secretário chefe da Casa Civil Pedro Nadaf é suspeito de ter recebido R$ 255 mil do esquema que desviou R$ 7 milhões dos cofres públicos por meio de fraude na aquisição um terreno público que já pertencia ao governo do Estado e desvendando pela Operação Seven do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Na denúncia criminal encaminhada à Justiça nesta semana, assinada pelos promotores de Justiça Carlos Roberto Zarour César, Samuel Frungilo, Marco Aurélio de Castro e Marcos Bulhões dos Santos, é citado que Nadaf teria simulado a aquisição de uma fazenda para ocultar a origem de cheques emitidos pelo médico Filinto Correa da Costa, que totalizavam R$ 255 mil.

De acordo com as investigações, Nadaf recebeu três cheques emitidos pelo médico Filinto Corrêa entregues pelo procurador aposentado do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o “Chico Lima”. A partir daí, procedeu com a compra de uma fazenda para “lavar” o dinheiro que recebeu dos cofres públicos.

A denúncia sustenta que após receber os cheques de Chico Lima, Pedro Nadaf fingiu realizar um “negócio jurídico” com Roberto Morales, também denunciado, adquirindo a Fazenda Formiga, localizada em Poconé (104 Km ao Sul de Cuiabá). O Gaeco ainda afirmou que Roberto Morales foi beneficiado com o dinheiro público desviado, pois recebeu dois cheques, sendo um de R$ 95 mil e R$ 65 mil,  diretamente de Pedro Nadaf, e depositou em uma conta bancária registrada  em nome de seu filho para sacar a quantia.

O empresário Roberto Morales, de acordo com a denúncia, ainda simulou um negócio de compra e e venda de um veículo com Antônia Magna Batista da Rocha, que, segundo o Gaeco, tinha conhecimento de que o dinheiro usado na negociação era de origem ilícita.

“Neste contexto, Antônia recebeu uma folha de cheque emitida por Filinto Corrêa da Costa, no valor de R$ 90 mil, como pagamento pela venda de um veículo, cujo valor de mercado seria escandalosamente inferior”, declarou o Gaeco.

Conforme a denúncia, Antônia Rocha descontou o cheque, por meio de outra pessoa (Fernanda Rafaela Valentina Pereira Nunes), que não tinha conhecimento de que o valor era fruto do desvio de dinheiro público. Fernanda Nunes, seguindo as orientações, sacou parte do dinheiro e entregou para Antônia Rocha, que, por sua vez, repassou para Roberto Morales.

O Gaeco afirmou que a outra parte do dinheiro foi transferida para uma conta bancária indicada por Antônia Rocha, a mando de Roberto Morales. “Insta registrar que após a devolução do dinheiro lavado a suposta negociação do veículo entre Antônia Rocha e Roberto Morales, não se completou em razão de uma falsa desistência do negócio por parte de Roberto”.


Autor: Redação AMZ Noticias


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