S�bado, 11 de Maio de 2024

Ladrão que vendeu achocolatado com veneno e que matou criança é preso




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Policiais da Delegacia Especializada nos Direitos e Defesa da Criança e Adolescente (Deddica) prenderam na manhã de hoje, 1 de setembro, dois homens, por suspeita de envenenamento e morte de um menino de dois anos. A criança morreu no dia 25 de agosto após a ingestão de um achocolatado. As prisões foram cumpridas no bairro Parque Cuiabá e na área central de Cuiabá, na praça Ipiranga.

Informações obtidas revelam que um dos detidos trata-se de um senhor que teria ‘batizado’ os achocolatado com veneno para rato.

Esse homem, cansado de ser vítima de furtos de um morador do bairro Parque Cuiabá, teria inserido veneno nos recipientes depois de perceber  que o ladrão tinha um predileção pela bebida. Após realizar o furto das caixas de achocolatado, o assaltante  revendeu o material para o pai do menino, que ofertou a bebida a criança sem saber o que se passava.

Ao ser questionado pela polícia, o senhor declarou que tinha a intenção de matar ratos e não o assaltante. Posteriormente, entrou em contradição em seu depoimento. Questionado no fim da tarde de ontem (31) pela reportagem, o delegado responsável pelo caso, Eduardo Botelho, disse que não poderia tecer nenhum comentário em relação ao caso até o fim das investigações, mas garantiu que já havia esclarecido boa parte da história.

Ainda conforme apurado pela reportagem, o homem que vendeu o achocolatado estava dormindo na Praça Ipiranga por medo de ser linchado no bairro. No início das investigações, ele fugiu para a cidade de Alto Garças. Porém, a pedido da família ele retornou à capital mato-grossense. Os nomes não foram divulgados.

Em entrevista ao Olhar Direto, a mãe da criança – identificada como D.C.S, 28 anos – disse que “além de viver com a dor de perder meu filho, tenho que conviver com boatos de que eu sou usuária de drogas, de que eu o matei, de que meu marido usa crack. É cruel. No outro dia cedo, depois do enterro, a TV estava batendo na minha porta querendo que eu gravasse. Respeitem minha dor”.

Interdição

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a interdição cautelar de um lote do achocolatado Itambezinho. Com isto, esta proibida – durante 90 dias – a venda do produto (deste mesmo lote) em todo o país. Também foi exigido o recolhimento da bebida. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), que circulou na segunda-feira (29). Em nota, a marca ressaltou que testes preliminares foram feitos e não apontaram qualquer irregularidade.

O caso

O caso chamou atenção na última semana, após o lote da bebida, da marca Itambé, ter sido interditado pela Vigilância Sanitária do Estado de Mato Grosso. Depois do anúncio da morte, que aconteceu na Policlínica da capital, a mãe, D.C.S., 28, informou que tinha comprado cinco caixas do achocolatado de um vizinho. Ela relatou que também passou mal, assim como um tio da criança.

Itambé

Em nota enviada à reportagem, a empresa informou que “já realizou análises laboratoriais internas do lote de produção mencionado na notificação, não identificando qualquer problema em sua composição. Em paralelo, outras análises estão sendo feitas em laboratórios externos e no LANAGRO – Laboratório Nacional Agropecuário – do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, cujos laudos serão disponibilizados no decorrer desta semana”.

Além disto, a assessoria ressaltou que “diferentemente do divulgado nas redes sociais, não houve qualquer notificação de outros casos similares relativos ao produto em questão, além do mencionado acima em Cuiabá”. Por fim, é dito que a bebida “está no mercado há mais de uma década, e nunca apresentou qualquer problema correlato. A empresa reitera seu compromisso com a qualidade de seus produtos e continua trabalhando com os órgãos oficiais para que os fatos sejam esclarecidos o mais rapidamente possível”.


Autor: Patrícia Neves com Olhar Direto


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