O secretário de Estado de Saúde, João Batista, afirmou nesta quinta-feira (13) que vai pagar ainda esta semana R$ 19 milhões a cada um dos gestores dos sete hospitais regionais de Mato Grosso. Três deles estão com os serviços eletivos, inclusive de alta complexidade, suspensos, em Sorriso, Rondonópolis e Colíder.
“Ainda esta semana, vamos pagar aos hospitais regionais, para que voltem a prestar os serviços que suspenderam”, comentou o secretário, no evento de retomada da obra do Hospital Universitário Júlio Muller, na capital.
Os repasses serão feitos às Organizações Sociais de Saúde (OSS). Os médicos que tomaram a decisão de cruzar os braços são funcionários delas.
Os serviços não foram paralisados em Sinop, Cáceres, Alta Floresta e Várzea Grande.
“Estamos negociando e esperando que ainda nesta semana consigamos colocar em dia os serviços de alta complexidade, urgência e emergência, para que também o interior a população seja atendida e não venha culminar com os pacientes sendo deixados aqui em Cuiabá”, comentou o secretário.
Segundo ele, os relatórios do mês de setembro ainda não foram entregues pelas OSSs, por isso o pagamento ainda não está em andamento. As OSSs cobram também o mês de julho.O presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sisma), Oscarlino Alves, vê caos nesta situação dos regionais.
Cita que em Sorriso por exemplo já está tendo acúmulo de roupas de cama e banho hospitalar. Na visão dele, essa problemática remonta o ano de 2011, marco histórico do início das contratações das OSSs para gerirem unidades públicas.
“Isso aconteceu na gestão de Pedro Henry”, detalha, citando o ex-secretário de Estado de Saúde, ex-deputado, que cumpriu pena envolvida no escândalo do mensalão.
O secretário de Saúde atual afirma que o Estado está há uma semana "buscando alternativas" e que vai honrar com suas dívidas.Para explicar o caos de agora, ele também remonta ao governo passado, do peemedebista Silval Barbosa, preso pela operação Sodoma.
“Agora estamos pagando este alto preço”, diz o secretário, afirmando que o governo atual recebeu um Estado dilapidado.
Autor: Keka Werneck com Gazeta Digital