Sexta-Feira, 03 de Maio de 2024

Porta-voz diz que Polícia Militar é qualificada para prender e não matar




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O Porta-voz da Polícia Militar de Mato Grosso, major Murilo Franco disse ao Gazeta Digital na manhã desta segunda-feira (23) que a corporação é qualificada para prender bandidos e não matar.

“Estamos treinados para não perder as estribeiras, porque a resistência é rotina. Então já esperamos a resistência. Podemos inclusive usar a força progressiva para neutralizar a resistência, essa é a conduta preconizada, mas nenhum policial jamais deve torturar, o policial é um agente da lei, faz valer a lei e tem os meios para fazer valer a lei. Mas atua na preservação da integridade da pessoa porque combate o crime e não o criminoso”, comentou, em entrevista sobre o caso dos dois jovens - João Vitor Alves de Oliveira, 20, e Hugo Vinícius da Silva Salomé, 19 - que ficaram desaparecidos por mais de uma semana e depois foram encontrados mortos com sinais de tortura, tendo sido vistos pela última vez dentro de uma viatura da PM.

Os dois tinham passagens criminais por tráfico, roubo e tentativa de homicídio. O major Franco disse que nem mesmo nesses casos a PM tem autonomia para matar.

Ele ressaltou que já está instaurada sindicância interna para apurar a conduta dos policiais envolvidos na ocorrência, mas não quis nominar os acusados de estarem na viatura.

“A Polícia está atuando de forma isenta, parcial e profissional, mas ainda não temos foco, temos fatos”, resumiu. “Adiantar qualquer coisa agora é precipitado, mas todos os que estavam de plantão no dia do sumiço já foram ouvidos”. No entanto, o major reforça que “hoje trabalhamos com a presunção de inocência”.

A sindicância tem prazo de 20 dias para ser concluída, podendo ser prorrogada por mais 10 dias e em caso excepcional para mais 10 dias. Isso quer dizer que dentro de no máximo 40 dias a corporação terá chegado a uma conclusão sobre o que ocorreu desde o dia em que os dois homens entraram na viatura até serem encontrados enterrados em um saco plástico. Depois disso, o caso segue ao Ministério Público Estadual.

 


Autor: Keka Werneck com Gazeta Digital


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