Motoristas do Uber se concentraram próximos a Arena Pantanal na manhã desta sexta-feira (10) para um primeiro protesto em Cuiabá contra o aplicativo no qual estão cadastrados. Cerca de 30 carros ficaram enfileirados em frente à Arena.
O protesto foi realizado para cobrar a redução da porcentagem de repasse à empresa Uber, que hoje é de 25%, ou seja, em uma corrida de R$ 10 motoristas ficam com R$ 7,50 e repassam R$ 2,50.
Um dos manifestantes, Rodrigo Barbosa, 38, que antes lidava com vendas e agora está 100% atuando como Uber. “Queremos ficar com no mínimo 80% do valor cobrado pela corrida”, reivindica.
O protesto começou às 9h e a intenção é seguir em carreata até o Hotel Deville Prime, avenida Isaac Póvoas, onde fica o escritório representante da Uber em Cuiabá. “O carro, em Cuiabá, deteriora muito, por causa dos buracos, tem o calor, que gasta mais combustível com ar condicionado, e o combustível aqui é caro”, argumenta o motorista.
“Já tentamos diálogo, mas com eles não tem conversa, é tudo por e-mail, pela internet e agora queremos conversar pessoalmente, vamos tentar novamente”, explica Rodrigo.
Conforme os manifestantes, o aplicativo já tem cerca de 500 cadastrados para atuar na capital mato-grossense, 32ª cidade do Brasil a recebê-lo, dia 25 de novembro. Assim como em Cuiabá, a previsão é a de que ocorram protestos também em outras cidades, como Campo Grande e Goiânia. Os Uber se articulam via Whatsapp.
Outro lado
Por meio de nota, a Uber se manifestou sobre o protesto, dizendo que adere ao aplicativo quem quiser e que o repasse que está sendo praticado é 25%.
Confira a nota na íntegra.
“Os motoristas parceiros são clientes da Uber e pagam para utilizar o aplicativo uma taxa de serviços de 25% (uberX) ou 20% (UberBlack) em relação às viagens realizadas e usam a plataforma de forma independente, autônoma e não-exclusiva - ou seja, podem trabalhar usando ou não a plataforma.”
Autor: Keka Werneck com Gazeta Digital