Equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e brigadistas indígenas tentam combater um incêndio no Parque Nacional do Xingu, localizado no nordeste Mato Grosso. As chamas começaram há três semanas e a suspeita é de que o fogo tenha originada de forma criminosa.
De acordo com informações do Ibama, a área mais atingida está localizada no município de Gaúcha do Norte (580 quilômetros de Cuiabá), onde vivem índios da etnia Kalapalo. Na região, os incêndios criminosos têm sido comuns como uma forma de retaliação a uma demarcação de território indígena ocorrida em 2016.
Em setembro do ano passado, o parque também foi atingido pelas chamas, que destruíram 310 mil hectares da área, ou seja, cerca de 15% do território. As informações são de que os crimes são cometidos por não-indígenas, que antes habitavam a região onde atualmente pertence ao território indígena Pequizal do Naruvôto, em Gaúcha do Norte.
Como a área é de difícil acesso, um helicóptero do Ibama auxilia no trabalho de contenção do fogo. Até ontem, ainda não havia informações sobre a quantidade de hectares que foram devastados. Contudo, o incêndio na floresta afeta diretamente a vida dos índios, uma vez que o fogo destrói árvores frutíferas e mata os animais, que servem de alimentos para os indígenas.
O Parque Nacional do Xingu é a maior reserva indígena do Brasil. Abriga cerca de seis mil habitantes, remanescentes de 16 etnias que conservam seus rituais mesmo diante da interferência do homem.
Autor: AMZ Noticias com Diario de Cuiaba