S�bado, 11 de Maio de 2024

MST avisa que haverá confronto em despejo de famílias em Eldorado dos Carajás




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O despejo de 212 famílias do Acampamento Dalcídio Jurandir, no município de Eldorado do Carajás, não será pacífico. Foi o que deixou bem claro Moisés Costa, um dos líderes do Movimento dos Sem Terra (MST) no Pará, durante sessão especial realizada na tarde de hoje (12) pela Assembleia Legislativa, para debater o desmatamento ilegal no Pará por proposição do deputado Carlos Bordalo (PT).

Frente às várias tentativas frustradas de se evitar o despejo, marcado para a próxima terça-feira (17), Moisés Costa avisou: “Nós, do Acampamento Dalcídio Jurandir, estamos dizendo para todo mundo: não sairemos. Só sairemos de lá da mesma forma que tiraram a gente dia 17 de abril de 1996”, avisou Moisés Costa.

Moisés Costa disse que as famílias alimentavam esperança de que o Governo do Estado iria resolver o problema. Segundo o líder do MST, dia 16 de abril deste ano o governador Helder Barbalho esteve no acampamento para conversar com as famílias. “Ele inclusive se comprometeu com a gente, dizendo que faria esse diálogo, que inclusive chamaria a gente para esse diálogo”, afirmou Moisés Costa.

A ordem de despejo das famílias partiu, no dia 11 de junho deste ano, do juiz José Manzutti, titular da Vara Agrária Cível de Marabá, em processo de reintegração de posse impetrado pela Agropecuária Santa Bárbara, do Grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, sobre o qual pesam várias denúncias de crimes ambientais.

Localizada dentro da Fazenda Maria Bonita, a área foi ocupada em 25 de julho de 2008 pelo MST, e ao longo desses 11 anos se transformou numa área produtiva, segundo estudos da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). As famílias do acampamento produzem 174 toneladas de farinhas e 184 mil litros de leite, dos quais 175 mil abastecem os municípios da região. No acampamento, há 53 tanques de criação de peixes e 45 tipos de hortaliças, frutas e legumes. Dentro da área, foi construída a Escola Carlito Maia, que ensina 175 crianças, que poderão perder o ano letivo com o despejo. 


Autor: AMZ Noticias com G1


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