S�bado, 11 de Maio de 2024

Savi cobra expansão na campanha estadual de combate à dengue




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A população mato-grossense está sob a mira do mosquito da dengue. Prova disso, são os números divulgados pelo Ministério da Saúde que apontam que de 1º de janeiro até o dia 21 de março de 2013, o Estado registrou 21.731 casos de dengue. Nesse período também foram contabilizados 14 óbitos, sendo que três ainda estão sob investigação médica.

As mortes ocorreram nos municípios de Aripuanã, Cáceres, campo Novo do Parecis, Campo Verde, Carlinda, Cuiabá, Jaciara, Juara, Pontal do Araguaia e Sinop, este último com duas mortes. Já as investigações, ocorrem nas cidades de Juara, Primavera do Leste e Pontes e Lacerda. Entre os municípios com maior índice de registros da doença, aparece Sinop com 2.206 casos, seguido de Rondonópolis com 2.155 casos, a Capital com 1.244 notificações e Várzea Grande com 261.

Nesse sentido, há dois anos o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado Mauro Savi (PR), vem cobrado do Governo do Estado medidas mais enérgicas em relação ao combate do mosquito. Porém, todas as ações por ele sugeridas foram frustradas. Em fevereiro desse ano, o parlamentar fez várias ratificações em relação às medidas apresentadas em 2010 e aguarda uma resposta do Poder Executivo, segundo ele, “no mínimo consciente”.

A primeira iniciativa do deputado trata-se da aquisição, distribuição e instalação de telas para caixas d’água. No mesmo encaminhamento, Savi propôs (por meio de Indicação), que os “bota fora”, ou caçambas de entulho sejam fiscalizados e cobertos. Por fim, o pedido de expansão na campanha estadual sobre a prevenção, controle e combate a dengue.

“A campanha que nos referimos já é veiculada na mídia regional, porém o que pretendemos é abordar principalmente o tipo 4 do vírus que está circulando pelo País e já foi confirmado em Mato Grosso”, explicou o autor das indicações ao acrescentar que a sua preocupação é procedente, já que os números do próprio Governo Federal indicam que o Brasil, neste período de chuvas frequentes e intensas, passa por uma grande epidemia da doença.

De acordo com especialistas, quando uma pessoa contrai a doença, causada por um dos tipos de vírus e se cura, fica imune aquele para sempre. No entanto, se contrair outro tipo, seu organismo pode reagir de maneira mais intensa e produzir anticorpos em excesso tornando os vasos sanguíneos mais permeáveis, situação que pode provocar o extravasamento de fluídos. Ou seja, quadro mais grave da doença, compatível com o da dengue hemorrágica.

Outra informação que assusta, é que cerca de 70% das pessoas picadas pelo mosquito transmissor não desenvolvem a doença, mais ao contraírem outro tipo de vírus, podem ter dengue na forma hemorrágica, que é a mais grave de todas. Mais alarmante ainda, é que a mortalidade por essa forma da doença no Brasil, pelas deficiências do sistema público de saúde, é de cerca de 7% a mais elevada do planeta.

Convém destacar que parte da população é imune aos tipos de vírus 1, 2 e 3, contudo uma pequena parcela da população tem imunidade contra o tipo 4 em razão de ele ter aportado recentemente em território brasileiro. Em suma, a grande população de Aedes Egypte somada a um novo vírus (tipo 4) representa, sem dúvida, uma epidemia, com elevado número de casos graves.

RESPONSABILIDADE – Savi explica que é dever do Estado tomar providências em relação à dengue, mas é enfático ao afirmar que a população tem os mesmos deveres quando o assunto é o combate do mosquito. “Essa conscientização é de todos nós. De cada pessoa, de cada família. O Estado está fazendo sua parte, ao mesmo tempo, cobramos medidas mais enérgicas, porém, nada disso surtirá efeito se as pessoas não se conscientizarem da gravidade da doença” destacou.

PREVENÇÃO – Medidas simples podem ser tomadas para que o mosquito seja combatido. Para isso, é necessário cobrir ou furar pneus que por algum motivo é armazenado em estabelecimentos ou residências; usar areia grossa em pratos de vasos de flores; ensacar e jogar no lixo os vasilhames que possam acumular água; virar de boca para baixo as garrafas vazias; tampar as caixas d’água e os poços; limpar calha dos telhados; manter piscinas limpas; não deixar poças d’água, etc.

 


Autor: Jornal da Noticia com Assessoria


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