Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024

Tartarugas albinas raras nascem em projeto de conservação do Rio Araguaia no Tocantins




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O projeto de conservação Quelônios, que cuida da preservação das tartarugas-da-Amazônia no rio Araguaia, registrou um fenômeno raro este ano. Os ovos que começaram a eclodir em vários pontos do rio vieram com vários filhotes albinos. Os animais, completamente brancos, chamam a atenção em meios às areias na margem dos rios.

Os biólogos estimam que apenas um a cada dois milhões de filhotes de tartaruga nasce albino. Este ano, o projeto Quelônios espera o nascimento de até 100 mil tartarugas em todo o rio na região do Tocantins. Atualmente 1.654 Ninhos são monitorados pelos agentes, mas a projeção indica que há pelo menos outros 500 que ainda não foram identificados. 

E de barco que os agentes chegam até as regiões onde as tartarugas se reproduzem. O rio faz a divisa do Tocantins com o Pará. A região é monitorada por meses antes dos ovos começarem a abrir.

"É uma espécie que no passado ela sofreu bastante em termos de ameaças né, com suas populações naturais. Pela retirada de indivíduos, através da caça, pela coleta de ovos e de filhotes também nas praias. Então esse projeto tem uma importância enorme em tentar recompor, recuperar essas populações em locais que sofreram e ainda sofrem essa pressão.", diz o professor e pesquisador Thiago Portelinha, da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Este ano, o projeto teve um desafio extra para se manter, já que a vinda de voluntários de outras partes do país, comum em anos anteriores, não foi possível. Mesmo assim, o número de novas tartarugas deve ser recorde. Sobre os filhotes albinos, uma preocupação é que eles têm chances de sobrevivência na natureza reduzidos. O casco branco acaba refletindo a luz e chamando a atenção de predadores.

Outro desafio do projeto é que este ano as tartarugas adultas migraram por causa de queimadas entre setembro e outubro e colocaram os ovos em novas praias. Como a areia do local é mais fina, os ninhos acabaram sendo um pouco mais profundos que o normal. O que pode dificultar a saída dos filhotes para o rio.

"Essa mudança no meio ambiente, interferiu nas covas. Por exemplo, tem umas covas que tão mais profundas. Tem covas que nós marcávamos 55 dias e agora nós estamos marcando covas eclodindo com 60 dias. Então houve uma mudança muito grande em relação a 2019, 2020", diz o gestor do Parque Estadual do Cantão , Adailton Fernandes Glória.

"A gente trabalha por amor, pela conservação. Todo mundo que tá aqui dá o seu sangue. A gente levanta quatro e meia da manhã pra trabalhar. Faça sol ou faça chuva nós tamo aqui, fazendo a nossa parte" afirma o coordenador programa Quelônios, Wilson Júnior.


Autor: AMZ Noticias com G1


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