O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou ter colocado a prefeitura da Capital à disposição do governo federal no que diz respeito à realização da motociata do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Mato Grosso.
Conforme divulgado, Bolsonaro deve vir ao estado neste mês. Ao falar sobre sua relação com o presidente, nesta sexta-feira (6), Emanuel disse que tem diálogo positivo com o governo federal e que, inclusive, foi convidado para organizar o ato em Cuiabá.
"Vou atender o pessoal que me ligou hoje, que são os organizadores ou parte dos organizadores. E falaram que querem muito a minha presença, que é de muita organização que a Prefeitura seja parceira. Já coloquei a prefeitura inteira à disposição, disse.
"Andar de moto não sei, acho que nem sei andar de moto, mas posso receber o presidente e dar toda condição de hospitalidade, de segurança e de boa recepção. Boa hospitalidade da cuiabania. Isso é um é um dever nosso", reiterou.
Escândalos na prefeitura - Os apontamentos de Emanuel, feitos após lançamento do programa municipal de combate a queimadas, foram dados em resposta aos questionamento sobre a relação do prefeito com o presidente depois das sucessivas operações que atingiram a gestão Pinheiro.
No evento, o prefeito foi questionado sobre o fato de o senador Marcos Rogério (DEM-RO) apresentar requerimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no qual solicitou a escuta dos ex-secretários Luiz Antônio Possas de Carvalho, Célio Rodrigues e Alexandre Beloto.
Em resposta, o prefeito disse que sua gestão é alvo constante de investidas "sem fundamentos". O gestor acrescentou que está "tranquilo" sobre o requerimento do senador e que quer ser fiscalizado.
"Então é mais uma aberração, é incrível como tento me atingir com as coisa mais vazias, mais sem fundamentos e sem nenhum escrúpulo, mas eu tô de boa, que eu tenho consciência das minhas ações, dos meus atos, não faço nada errado, não adianta ninguém a fazer nada errado e quero ser fiscalizado", apontou.
Voto impresso - Mostrando proximidade com o presidente Bolsonaro, o prefeito disse ser favorável ao voto impresso, que tem sido amplamente defendido pelo presidente como uma forma de tornar as eleições transparentes. Ainda que sem apresentar qualquer tipo de prova a respeito de fraudes eleitorais, Bolsonaro tem encampado uma batalha contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso.
Em Mato Grosso, diversos agentes públicos da classe política têm demonstrado proximidade com a pauta bolsonarista em torno do voto auditável - que é questionado pelo TSE sob a prerrogativa de que as urnas eletrônicas são seguras.
Ao comentar sobre o posicionamento de Bolsonaro, Emanuel disse que o "presidente não está errado", mas afirmou que esse não seria o momento para este tipo de pauta. O emedebista ainda refutou a proposta de não realização das eleições caso o voto impresso não seja adotado.
Autor: AMZ Noticias com Gazeta Digital