Mauro diz que não tinha confiança em passar recursos para Emanuel na prefeitura de Cuiabá

O governador Mauro Mendes (DEM) voltou a criticar, nesta sexta-feira (19), o prefeito afastado de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Segundo ele, o município era o único que o Governo "não tinha confiança" de repassar recursos para obras.

 A declaração ocorreu durante assinatura de um contrato e ordem de serviço para início de obras de pavimentação e recuperação de ruas do Distrito Industrial da Capital. O investimento será de R$ 20,9 milhões. Mendes afirmou que o prefeito em exercício, José Roberto Stopa (PV), pode contar com o Palácio Paiaguás.

“Stopa, sucesso pelo tempo em que você estiver [na Prefeitura], não sabemos quanto. Lamento o que está acontecendo em Cuiabá, não pelo o que está acontecendo, mas pelos fatos que levaram aos acontecimentos”, disse. “Neste período, pode contar conosco, porque hoje temos tido parcerias com 140 municípios. Cuiabá é a única cidade de Mato Grosso que não conseguia deslanchar numa conversa franca, numa conversa que você pudesse ter confiança para passar recurso e fazer”, acrescentou.

No evento, o governador disse ser impossível o Estado operacionalizar todas as obras sozinho e, por isso, precisa contar com as parcerias com os municípios. “Nós estamos fazendo essas parcerias para, no final das contas, atender o cidadão", disse. "O dinheiro não é meu, não é do governador, não é do Estado. O dinheiro é nosso, de vocês. Nós somos só os administradores desses recursos”, completou.

Emanuel afastado - Emanuel foi afastado do cargo por decisão de Luiz Ferreira no dia 19 de outubro pela acusação de criar um "cabide de empregos" na Secretaria Municipal de Saúde para acomodar indicação de aliados, obter, manter ou pagar por apoio político. Outra acusação que pesa é a de pagamento ilegal do chamado "prêmio saúde", de até R$ 5,8 mil, sem nenhum critério.  

Além do afastamento no âmbito criminal, Emanuel também chegou a ser afastado numa ação cível por ato de improbidade administrativa que investiga os mesmos fatos. Entretanto, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, anulou este afastamento.

Autor: AMZ Noticias com Gazeta Digital