A greve dos policiais penais de Mato Grosso já se arrasta desde o último dia 9 de dezembro, nesta terça-feira (28), o governador Mauro Mendes (DEM) reiterou que "hoje não tem mais proposta" e que grevistas serão responsabilizados por possíveis rebeliões no Estado.
Mendes alegou que seus secretários da Casa Civil e Segurança Pública, Mauro Carvalho e Alexandre Bustamante possuíam carta branca para negociar com a classe.
"Eles fizeram reunião em 14 de dezembro e foi dito com toda clareza que se entrasse em greve, a proposta iria zerar. Eles tomaram esse caminho, então, não temos mais propostas", confirmou.
O governo apresentou proposta de aumento de 15%, incluindo a Revisão Geral Anual (RGA). O presidente do Sindispen, Amaury das Neves, diz classificou a oferta como inaceitável. Além da divergência nas negociações, o governador disse que, caso rebeliões aconteçam, os grevistas serão responsabilizados.
"Eles vão responsabilizados por isso. Tem decisões judiciais. Claro que eu temo", disse ao ser questionado sobre o risco da paralisação gerar qualquer efeito negativo ao sistema prisional do estado.
Mendes também voltou a falar que o policial penal já ganha praticamente igual a um policial militar e que, se atender o pedido do movimento, terá que fazer o mesmo para outras categorias que podem entrar em greve. “O cidadão que paga essa conta”, justifica. Disse também que “não tem nada que possamos fazer”.
Por fim, lamentou ainda o fato dos servidores não estarem cumprindo as decisões judiciais, que declararam o movimento grevista como ilegal e impôs multa diária de R$ 200 mil para o Sindispen, e de R$ 50 mil para os diretores.
Na mais recente decisão, o desembargador Pedro Sakamoto autorizou a primeira instância da Justiça mato-grossense a fazer o bloqueio imediato do dinheiro das contas do Sindispen e de seus dirigentes.
Autor: Redação AMZ Noticias