Os alvos da Operação Ghost Grain, deflagrada pela Polícia Civil na quinta-feira (3), conhecidos como "malas pretas" usavam fraudes para não pagar o ICMS. A denúncia foi realizada pela CPI da Sonegação Fiscal da Assembleia Legislativa (AL).
Os operadores do esquema, segundo apurou a CPI, são contadores chamados de "malas pretas" e vendiam grãos para empresas fantasmas. Essas empresas de fachada recebiam incentivos fiscais, ou seja, descontos nos impostos, e fingiam ter comprado os grãos para ganhar esse abatimento de impostos do governo do Estado.
No entanto, não havia venda nenhuma. Era apenas uma forma de ganhar o desconto no imposto. Depois que o incentivo fiscal era concedido, as empresas vendiam os grãos para outros estados e, por não pagarem impostos, conseguiam entregar a produção a preços mais baixos, gerando concorrência desleal.
A operação da Polícia Civil apreendeu documentos das empresas, que tinha atuação centralizada em Primavera do Leste (231 km ao sul de Cuiabá). Também foram cumpridos dois mandados de prisão em Cuiabá, além de busca de documentos em Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá).
Os "mala pretas" eram contadores conhecidos por esse tipo de esquema e que já são investigados por outros esquemas de sonegação de ICMS e outros crimes de ordem tributária, com envolvimento na antiga "Máfia dos Fisco".
Autor: Redação AMZ Noticias