Domingo, 28 de Abril de 2024

Ex-bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia é empossado como cardeal pelo Papa Francisco




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O papa Francisco participou no último sábado, dia 27, no Vaticano, da cerimônia de posse de 20 novos cardeais da Igreja Católica, dois dos quais são brasileiros, um deles o ex-bispo de São Félix do Araguaia e que era atualmente Arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, e o arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa.

O chamado Consistório Ordinário Público, reunião em que são empossados novos cardeais, foi realizado na Basílica de São Pedro, e pode ser visto na página da Santa Sé na internet. O consistório deste ano deve auxiliar o papa  na decisão sobre pedidos de canonização.

Com as posses, o Brasil passa a ter oito integrantes no Colégio Cardinalício, corpo responsável por tomar as principais decisões e, na prática, ocupar cargos e funções ativas na administração do Vaticano. Na última atualização, feita em 8 de agosto, constavam 206 cardeais na lista da Santa Sé, ainda sem incluir os empossados neste sábado.

Desses, 116 são eleitores, que dizer, possuem menos de 80 anos e participam do concílio para a escolha de novos papas, por exemplo, podendo votar e ser votados. Com os dois novos cardeais, o Brasil passa a contar com seis eleitores.

Em julho último, ao final de sua viagem ao Canadá, o papa Francisco revelou a possibilidade de que possa renunciar por causa de seu estado de saúde, embora não no curto prazo. O pontífice de 85 anos sente dores no joelho e dificuldades de mobilidade provocadas por outros problemas de saúde.

Franciscano assim como o papa, Dom Leonardo Steiner nasceu em Santa Catarina,  ingressou na Ordem dos Frades Menores no dia 20 de janeiro de 1972, quando foi admitido no Noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. Sua formação, contudo, começou bem antes nos seminários da Província. Fez o ensino fundamental de 1963 a 1971 e o ensino médio de 1969 a 1971 no Seminário Santo Antônio de Agudos. 

Ele cursou Filosofia e Teologia em Petrópolis, de 1973 a 1978, quando os dois cursos eram integrados. Foi ordenado padre pelas mãos de Dom Paulo Evaristo Arns, seu primo, no dia 21 de janeiro de 1978. Com uma sólida formação pedagógica, assumiu trabalhos na área da educação, compondo os quadros de professores das suas casas de formação. De 1981 a 1982, concluiu o curso de Pedagogia e de 1987 a 1994 tornou-se "mestre de noviços", um cargo muito importante na formação religiosa.

Aos 2 de fevereiro de 2005 foi nomeado bispo pelo Papa João Paulo II para substituir o lendário Pedro Casaldaliga, frente a Prelazia de São Félix do Araguaia no estado de Mato Grosso. Foi ordenado bispo no dia 16 de abril do mesmo ano na Catedral São Paulo Apóstolo, em Blumenau, pelo Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns. De 2007 a 2011 foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB e vice-presidente do regional Oeste-2. 

No dia 10 de maio de 2011 foi eleito secretário-geral da CNBB. No dia 21 de setembro de 2011, o Papa Bento XVI o nomeou bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília. Foi eleito como membro delegado pela CNBB para participar como Padre Sinodal da 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos realizado no Vaticano de 7 a 28 de outubro de 2012.

No dia 20 de abril de 2015 foi reeleito secretário-geral da CNBB.[7] Em 7 de maio de 2019 Dom Joel Portella Amado é eleito novo Secretário-Geral da CNBB. No dia 27 de novembro de 2019 foi nomeado pelo Papa Francisco como arcebispo da Arquidiocese de Manaus. Durante o Regina Caeli de 29 de maio de 2022, o Papa Francisco anunciou sua criação como cardeal no Consistório realizado em 27 de agosto.[9] Recebeu o anel cardinalício, o barrete vermelho e o título de cardeal-presbítero de São Leonardo de Porto Maurizio na Acilia.

Ontem depois da posse 
Steiner antes da posse à agência de notícias do Vaticano, disse que “As comunidades da Amazonia são muito agradecidas, todas muito alegres por essa nomeação. Esse é um sentimento que eu carrego, de gratidão, não como uma questão pessoal, mas de estar a serviço da Igreja na Amazônia”.


Autor: Evandro Carlos com Radio Vaticano


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