Domingo, 28 de Abril de 2024

Ex-governador Carlesse e parentes viram réus em ação por esquema de corrupção no Plansaúde




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O ex-governador Mauro Carlesse (Agir) e outras 14 pessoas se tornaram réus de uma ação penal por corrupção e lavagem de dinheiro no escândalo envolvendo o plano de saúde dos servidores públicos do Tocantins. A denúncia foi aceita nesta sexta-feira (2) pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Palmas.

Os fatos denunciados são relacionados à Operação Hygea, realizada pela Polícia Federal em outubro de 2021, que levou ao afastamento e posterior renúncia de Carlesse ao governo. Até março deste ano as investigações das operações Hygea e Éris – que investiga aparelhamento da Polícia Civil - estavam a cargo do Superior Tribunal de Justiça do Tocantins (STJ), mas após Carlesse deixar o cargo os inquéritos foram enviados para a Justiça Comum.

Entre os denunciados que se tornaram réus está a filha de Carlesse, Dayana Kiriliuk Carlesse Alves, e o sobrinho e ex-secretário de Parcerias e investimentos, Claudiney Aparecido Quaresemin, que era braço direito do ex-governador. Procurada, a defesa deles disse apenas: "Vamos vencer".

Servidores públicos e empresários que teriam participado do esquema também estão entre os denunciados. “A denúncia aconteceu nesse fim de semana e a defesa não teve acesso aos autos. A defesa ressalta que confia na Justiça. ”

A operação Hygea investiga uma suposta organização criminosa que extorquia dinheiro de empresários do setor da saúde. Um vídeo entregue à Polícia Federal durante as investigações flagrou o momento em que o funcionário de um hospital repassou um envelope, supostamente com propina, para um dos operadores do esquema.

Segundo a investigação da Polícia Federal, o estado deixava de pagar os hospitais e clínicas prestadores de serviço e extorquiam propina dos empresários para que os créditos devidos pelo Plansaúde fossem repassados.

O grupo suspostamente cobrava entre 4% e 10% de propina em cima dos valores que os prestadores tinham a receber. O pagamento era feito pessoalmente aos operadores do esquema ou por meio de empresas que emitiam notas fiscais, com os valores das propinas, que após serem pagas eram canceladas.

Mauro Carlesse foi denunciado por constituir e integrar organização criminosa, corrupção passiva em 14 ocasiões e lavagem de dinheiro por 21 vezes. Dayana Kiriliuk Carlesse Alves foi denunciada três vezes por lavagem de dinheiro e por integrar organização criminosa. O sobrinho de carlese, Claudinei Quaresemin, também responde por integrar a organização criminosa, bem como corrupção passiva por 14 vezes e lavagem de dinheiro em 15 ocasiões.


Autor: AMZ Noticias com G1


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