Os mais de 200 funcionários da saúde pública do município de Barra do Garças em greve há um mês celebraram uma vitória do movimento.
Na segunda-feira, dia 29, o Desembargador Dirceu dos Santos, concedeu liminar que suspende o corte dos dias não trabalhados pelos servidores paralisados.
Os grevistas comemoram a decisão da justiça e afirmam que o movimento continua, “Conseguimos uma liminar que evita o corte de julho e conseguiremos muito mais”, disse a Diretora Técnica de Enfermagem Maria Jaira.
Em greve desde o dia 2 de julho, os profissionais da saúde de Barra do Garças tentam entrar em acordo com o prefeito Beto Farias (PSD) para receber aditivos que, teoricamente, já seriam garantidos por lei: 25% de adicional noturno e insalubridade.
Os direitos não são cumpridos desde a gestão do ex-prefeito Wanderlei Farias (PR), que pela prática não recebeu nem “puxão de orelha” do TCE. Atualmente, a prefeitura paga 10% de adicional noturno, mesmo percentual que era disponibilizado pelo republicano.
Além disso, o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Barra do Garças e Região (SINTESBRE) tenta há cinco anos, na Justiça, garantir o pagamento, mas o processo só foi analisado em maio passado.
Ele recebeu parecer favorável em primeira instância e o prefeito recorreu. Essa é a primeira vez que a categoria entra em greve no município e a adesão ainda não é maciça.
Conforme a diretora de saúde e segurança do trabalho do SINTESBRE, Téc. de Enfermagem, Maria Jaira da Silva, a adesão à greve é de 50% dos funcionários do Pronto-Socorro, 30% de médicos, 30% de enfermeiros e demais servidores. Os postos de saúde só estão abertos para prestar esclarecimento e mandar para o pronto-socorro casos urgentes. Segundo o SINTESBRE, o prefeito nega e garante que a saúde na cidade, que é pólo, está funcionando normalmente.
Além de adicional noturno e insalubridade, os grevistas querem correção de inflação de 6,95%, que também é garantido por lei anualmente. A categoria aceita dividir em três vezes (2%, 2% e 2,95%). Beto afirma que não tem como atender, pois ultrapassaria o limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal para folha de pagamento. Os manifestantes também querem revisão do PCCS.
Como o sindicato representa todos os profissionais que trabalham nos estabelecimentos de saúde, os salários hoje vão de R$ 678, dos funcionais da limpeza, maqueiros, cozinheiros, até R$ 4 mil de odontólogos e médicos.
Veja a decisão Aqui:
Autor: Jornal da Noticia com Assessoria