Quarta-Feira, 01 de Maio de 2024
A implantação da ferrovia que interliga os estados de Mato Grosso, Pará, Tocantins e Maranhão representará a transformação da região Araguaia, que deixa de ser o vale dos esquecidos para ser o vale do grão dourado.
A observação é dos prefeitos de Porto Alegre do Norte, Emival Freitas (PSD), São Felix do Araguaia, José Antônio de Almeida (PPS), e do presidente do Sindicato Rural de Porto Alegre do Norte, empresario Édio Brunetta.
O projeto de ferrovia idealizado pelo deputado estadual José Riva (PSD) foi apresentada na 6ª Dinâmica de Empreendedores e Empreendimentos, realizada em Porto Alegre do Norte (distante 1.100 km de Cuiabá) na semana passada.
De acordo com Emival Freitas, a construção da ferrovia será um marco na região Araguaia. “Vamos deixar de ser o vale dos esquecidos para o vale do grão dourado, teremos a melhor logística do Brasil quando tivermos a ferrovia MT/PA/TO. Esse projeto é inovador e a implantação representa em grande impacto no desenvolvimento da região. Ou seja, é a solução para o Araguaia e para Mato Grosso. Por isso, produtores, classe política e a população de Porto Alegre do Norte estão ansiosos para a construção. É um sonho que vai se transformar em realidade”, afirmou.
Durante o fórum político realizado na sexta-feira (25), Riva apresentou a proposta para cerca de 500 pessoas. Participaram do evento o governador Silval Barbosa (PMDB), o governador de Tocantins, Sandoval Cardoso (SDD), o ex-governador de Tocantins, Siqueira Campos (PSDB), senadores, deputados federais e estaduais.
Para o prefeito de São Felix do Araguaia, a ferrovia MT/PA/TO é um dos melhores projetos já desenvolvidos em Mato Grosso. “É uma das ideias mais brilhantes no setor de logística, garantindo economia, praticidade e impulsionando a região que é produtora. O nosso município apoia a ferrovia e o nosso sonho é vê-la em operação”, garantiu José Antônio de Almeida.
Já o presidente do Sindicato Rural de Porto Alegre do Norte lembrou que diariamente é questionado sobre a ferrovia pelos produtores da região. “Acompanhamos esse projeto de perto, pois precisamos trazer insumos para o estado e temos jazidas de manganês, ferro que podem ser exportados. O projeto ganhou corpo e acreditamos muito na sua implantação. Estamos ansiosos para os trilhos da ferrovia chegar ao Araguaia”, comentou Édio Brunetta.
FERROVIA – Segundo Riva, a ferrovia MT/PA/TO permitirá que mais de quatro milhões de hectares sejam plantados apenas em Mato Grosso. “É a forma ideal para viabilizar o Brasil. Precisamos sair dos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), que são verdadeiros gargalos no escoamento de nossa produção e ir para os portos do mar. De forma imediata, a solução é a Ferrovia, que nesse traçado, com apenas mil km chegaremos ao porto de Itaqui em São Luis (MA), já em operação, representando a alavancada da região Araguaia”, afirma.
Durante o evento, o ministro da Agricultura, Neri Geller, recebeu o projeto e garantiu apoio para a sua implementação.
Recentemente, o projeto passou por alterações para promover a integração nacional, envolvendo as regiões centro-oeste, norte e nordeste do país.
O novo traçado continua partindo do município de Água Boa (MT), segue até Redenção (PA), parte para Colinas do Tocantins (TO) até chegar ao destino final, o porto de Itaqui em São Luis (MA), já em operação. E futuramente através de um ramal, ainda em projeto, que vai para Açailandia (MA).
Com aproximadamente mil km traçado ferroviário, será possível chegar até a ferrovia Norte-Sul, utilizando mais ou menos 490 km dela até Açailandia e mais 477 km na ferrovia Carajás (PA) para exportar a produção por um porto de mar, aumentando a capacidade de embarque em navios maiores.
Além da integração com mais estados e regiões do país, o novo traçado também aumenta a eficiência do modal, pois reduz a distância a ser percorrida. Agora são apenas mil quilômetros, contra 1,8 mil km do projeto original.
As alterações foram propostas pelo deputado federal Giovanni Queiroz (PDT/PA) em consonância com a equipe técnica do deputado Riva, que consideram maior viabilidade no projeto que já foi entregue à presidente Dilma Rousseff no mês passado, durante a abertura da colheita da safra 2013/2014, em Lucas do Rio Verde.
Autor: JornaldaNoticia com Kleverson Souza
