Uma interferência direta do governador Silval Barbosa (PMDB) pode ser a alternativa mais rápida para sanar com polêmica criada entre as lideranças do PSD e do PP em Mato Grosso.
Ambas as siglas dão sustentação ao governo estadual. A queda de braço foi iniciada quando líderes dos partidos, alguns ocupando cargos no staff, deixaram o PP para fundar o PSD. A briga, até então silenciosa, começou a respingar na administração do peemedebista.
O imbróglio foi acentuado com a decisão do deputado federal Eliene Lima em reassumir a sua cadeira na Câmara Federal. Com isso, Neri Geller, que optou em ficar no PP, perdeu o cargo. Presidente regional do PP, Pedro Henry, por sua vez, não deixou por menos e abriu mão da Secretaria de Saúde para reassumir o seu mandato na Câmara Federal, tirando de lá o suplente Roberto Dorner, que migrou para o PSD.
A partir daí a disputa política ganhou o campo judicial. O PP recorreu ao STF para assegurar a cadeira de Henry no Congresso para um suplente do PP. Com a derrota na Justiça, o progressista se recusou a deixar o mandato para continuar à frente da Saúde. Mesmo nomeado para o cargo no Governo de Mato Grosso e atuando como secretário, Henry não deixou a vaga de deputado federal.
O fato ganhou repercussão negativa na imprensa brasileira e o governador Silval enfrentou uma "saia-justa", tendo, inclusive que tornar inválido os atos de Henry.Com a celeuma escancarada, o chefe do Executivo terá que usar não só do cargo como da sua força política para resolver o impasse entre os aliados.
Autor: Hipernoticias