S�bado, 24 de Maio de 2025

Consciência Negra e as discrepâncias do Brasil




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Neste mês, especialmente, fica-se mais efervescente a discussão sobre a diversidade racial existente em nosso país.

Diversidade esta que torna o Brasil em um país extraordinariamente rico culturalmente. Como, por exemplo, dispomos hoje de 200 povos indígenas falando mais de 180 línguas diferentes, mais de 2.200 comunidades remanescentes de quilombos, todos com características geográficas distintas, com diferentes meios de produção e de organização social.

Infelizmente, toda essa riqueza de diversidade não apagou os preconceitos raciais.

Veja só: foi divulgado no dia 14, um boletim especial sobre a inserção da população negra no mercado de trabalho feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados, onde é apontado que a diferença salarial entre negros e não negros com nível universitário aumentou no país.

Por exemplo, para cada R$ 1000 ganhos por um trabalhador não negro, os negros, com mesma escolaridade, ganham R$ 650, e esta diferença salarial evolui conforme a escolaridade.

Rememorando textos sobre o tema já trazidos por mim, volto a tocar no tema “violência”.

De acordo com relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado sobre o Assassinato de Jovens, 23.100 jovens negros de 15 a 29 anos são assassinados no ano.

São 63 por dia. Um a cada 23 minutos e o racismo está influenciando esse diferencial de taxa de homicídios, pois de cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras.

E tudo isso vem sendo tratado como “natural” por parte do poder público, essa negligência das autoridades em não adotar medidas específicas e políticas de segurança pública de prevenção e redução de homicídios deve ser severamente combatida.

É preciso reconhecer que nos últimos anos houve avanços nas ações políticas voltadas para a implementação de alguns direitos sociais, todavia, conforme apontado acima é gritante a urgência e necessidade de se ampliar e efetivar esses direitos.

Concluindo, trago parte de um texto publicado na criação da Frente Favela Brasil.

“Entendemos que somente através de uma ação política consciente e transformadora é que se pode promover a tão necessária aceleração histórica, visando, assim, o alcance e garantia dos Direitos Fundamentais, previstos no art. 5º da Constituição Federal de 1988”.  

 

Anderson Maciel Ciríaco é produtor cultural e empreendedor social na cidade de Sinop 


Autor: Anderson Maciel Ciríaco


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