Quarta-Feira, 23 de Abril de 2025

A quem interessa, Dilma fazer um governo extremamente técnico? - Parte 01




COMPARTILHE

A história vem sendo contada há anos e anos, e cada vez os mesmos querem tirar vantagem sem se comprometer com a população.

Em 1989, na primeira eleição presidencial do período pós-ditadura militar, Lula, disputa a eleição, com chapa formada por partidos historicamente de esquerda e com compromisso com as causas populares, Lula e José Paulo Bisol (PSB), foram criminosamente atacados na campanha e covardemente desconstruídos, por grupos alheios e contrários aos interesses populares e pela grande mídia.

Em 1994, Lula disputa a eleição presidencial novamente com chapa formada por partidos de esquerda, tendo inclusive o PSTU na sua coligação, com o senador Aloísio Mercadante de Candidato a vice-presidente. Novamente foram tripudiados em campanha, acusados de sectários, de que quebrariam o país, com moratória, que escorraçariam todos os investidores internacionais. Sempre estas ações promovidas pelos mesmos grupos contrários às causas populares e pela grande mídia.

Em 1998, novamente com chapa formada por partidos de esquerda, identificados com causas populares, desta vez aliado ao PDT de Leonel Brizola tendo este como candidato a vice-presidente. Isto após a maior ação de corrupção e compra de votos do congresso nacional, para aprovar a reeleição, Lula disputa a eleição presidencial, contra o poder da maquina publica, do poder econômico e da grande mídia, sempre sendo desconstruído, acusados de sectário de ser contrario ao desenvolvimento, de não ter respaldo internacional, para governar. Sempre as mesmas forças contrarias as causas populares e a grande mídia dando respaldo a campanha contra Lula e o PT.

Veio então a grande decadência do governo FHC, chegando a níveis de aprovação de 13%, Lula em sua caravana da cidadania, acumulou argumentos e formulou um projeto de maior alcance e de interesse e compromisso com uma parcela maior da sociedade, mas este acumulo, também lhe mostrava que para ter êxito desta vez precisaria ampliar o leque de alianças e firmar compromisso com os poderes econômico e com a grande mídia. LULA desta vez buscou um empresário de grande credibilidade, no poder econômico, o senador José Alencar disputou a eleição como candidato a vice-presidente, dando respaldo junto ao empresariado brasileiro.

Lula ainda por ter sentido a sociedade e seus anseios, fez um compromisso com a nação, através da CARTA ABERTA AO POVO BRASILEIRO, fez compromisso de não promover alterações drásticas na condução da economia e combate a inflação, respeitar os compromissos internacionais e nacionais do governo.

Muitos ainda tentaram desconstruir esta carta, disseram que era um compromisso que não seria cumprido se Lula se elegesse, LULA amparado por uma aliança ampla, desta vez teve o reconhecimento do povo que confiou e elegeu Lula. O PMDB mesmo disputando a eleição com Rita Camata de candidata a vice-presidente na chapa de Jose Serra. Logo se ofereceu a Lula para compor base de apoio no congresso nacional, mas exigiram bastante com certeza.

Lula então surpreende a todos com um governo dinâmico, com projetos de investimentos em infraestrutura, com programas sociais fortes, o Fome Zero, duramente criticado no inicio, foi abocanhado por outros programas que querem a mesma coisa, como bolsa família, programa luz para todos levou energia a todos os cantos e rincões deste país, facilitando a permanência do homem no campo com sua família.

Começa a investir em educação, criando e ampliando programas como PROUNI, FIES, cria universidades federais e escolas técnicas, ampliando em muito o acesso de pessoas de classes pobres a formação técnica e superior, vem então a preocupação da oposição e a denuncia do mensalão seria o fim de LULA, a ponto de abdicarem do processo de Impeachment, tendo por certo a derrocada de Lula na eleição de 2006, Lula foi para o povo falou e falou, convenceu o povo de sua inocência e teve o reconhecimento, com a reeleição.

Então a oposição ficou tranquila, pois acreditava que o PT não tinha nome para disputar a sucessão de Lula, já que o grande nome do partido tinha sido execrado no mensalão, José Dirceu estava fora do cenário, Lula então tirou da manga sua ministra chefe da casa civil, Dilma Rousseft, “um poste” como a classificaram as velhas forças contrarias as causas populares e a grande mídia, mas este poste tinha em sua estrutura uma luz e esta se acendeu durante campanha e conseguiu vencer o poderoso e experiente candidato adversário, José Serra.

Dilma faz um governo extremamente técnico, botando em pratica planos dos mais diversos e investindo pesado em infraestrutura, educação, geração de energia, logística de transporte.

Todos já tendo como certo a reeleição de Dilma em 2014, mas a grande mídia juntamente com as forças contraria as causas populares, tira da cartola o movimento dos sem partidos. E bota uma multidão nas ruas, tudo a partir de movimentos sociais de protestos de lutas históricas e movimentos sociais organizados, caracteristicamente de lutas populares, tais como: luta por transporte público, saúde e educação de qualidade e acessível nas periferias das grandes cidades.

Esta elite sabe que é a ultima oportunidade de derrotar o PT, Lula e Dilma, e retornar ao poder, pois ela sabe que as universidades que foram criadas a partir de 2002 começam a formar suas primeiras turmas e os efeitos na sociedade serão sentidos logo. 

 

*Paulo Vargas é Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal de Santa Maria-RS, Sócio-proprietário da empresa Xingu Engenharia  e colaborador do Jornal da Notícia


Autor: Paulo Vargas


Comentários
O Jornal da Notícia não se responsabiliza pelos comentários aqui postados. A equipe reserva-se, desde já, o direito de excluir comentários e textos que julgar ofensivos, difamatórios, caluniosos, preconceituosos ou de alguma forma prejudiciais a terceiros.

Nome:
E-mail:
Mensagem:
 



Copyright - Jornal da Noticia e um meio de comunicacao de propriedade da AMZ Ltda.
Para reproduzir as materias e necessario apenas dar credito a Central AMZ de Noticias